Câmara de Lisboa altera o trânsito na Praça de Espanha

17-12-2015
A Câmara de Lisboa anunciou que vai alterar a circulação viária na zona da Praça de Espanha com vista à criação de "uma verdadeira centralidade" composta por espaços verdes e de lazer.

“Dentro em breve, poremos à discussão pública e apresentaremos o que será o novo plano de desenvolvimento da Praça de Espanha, onde se integrarão as várias componentes daquela praça”, afirmou o presidente do município, Fernando Medina (PS), que falava na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, onde fez uma exposição sobre a atividade do município entre setembro e outubro.

Segundo o autarca, as “opções de fundo” deste plano centram-se na alteração do tráfego, através de ligações diretas entre a Avenida de Berna e a Avenida Calouste Gulbenkian e entre a Avenida António Augusto Aguiar e a Avenida dos Combatentes. Esta última passará a ser realizada nos dois sentidos.

“Esta dupla opção, que decorre da análise do tráfego que fizemos na zona, vai permitir algo que a Praça de Espanha nunca foi: uma praça, um jardim disponível para usufruto de todos”, frisou, indicando que, atualmente, a área verde ali existente é “verdadeiramente inacessível”.

De acordo com o responsável, esta requalificação é possível devido ao fim do mercado da Praça de Espanha, instalado em pavilhões que eram para ali estar por cinco anos, mas que ali permaneceram por mais de 30.

O chamado “mercado azul” surgiu nos anos 1980, quando o então presidente da Câmara de Lisboa, Nuno Krus Abecassis, transferiu para a Praça de Espanha os vendedores que estavam no Martim Moniz, com o objetivo de reabilitar esta última zona.

Os 69 comerciantes que ainda ali estavam tiveram de abandonar os pavilhões no final de setembro, recebendo uma indemnização total de 821.356,46 euros.

Seguiu-se a demolição das infraestruturas, alguns dias depois.

Acresce que anteriormente, em julho deste ano, a Câmara assinou um contrato com o Montepio Geral – Associação Mutualista que prevê a permuta de terrenos na zona da Praça de Espanha pelo valor de 12 milhões de euros, para ali ser construído o edifício sede do Montepio Geral e da Lusitânia Seguros.

“Vai nascer na Praça de Espanha uma nova praça, uma verdadeira centralidade, num projeto que será emblemático para o futuro da cidade”, vincou Fernando Medina, falando numa ligação deste local com a Fundação Calouste Gulbenkian.

Na reunião de hoje, o responsável anunciou também que já se iniciou a construção do posto de segurança avançada do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) na Alta de Lisboa, no Lumiar, zona “com elevada densidade populacional e que estava mais afastada [do que as restantes] dos tempos adequados de resposta”, em caso de emergência.

Esta obra deverá estar concluída no final do próximo ano.

Fernando Medina adiantou que está “em curso” as obras no posto do RSB no Martim Moniz, infraestrutura que vai substituir a do Rossio.

Fonte: Diário de Notícias

 

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