E se a torre Galp tivesse ateliês e quiosques?

27-03-2016
A Junta de Freguesia do Parque das Nações quer assumir gestão da estrutura conservada da Expo 98 e atualmente sem atividade.

E se a antiga torre petrolífera localizada no Parque das Nações (Lisboa) passasse a ser casa de ateliês de design, quiosques de editoras livreiras ou palco de eventos culturais?

É precisamente com a intenção de promover este tipo de iniciativas que a Junta de Freguesia do Parque das Nações quer assumir a gestão do equipamento atualmente em processo de degradação, detido pela sociedade Parque Expo. “Quanto mais tarde for, mais difícil é requalificar, porque depois não é só ferrugem, é corrosão”, diz ao Diário de Notícias o presidente da autarquia, José Moreno.

Quase 18 anos depois da Expo 98, a estrutura mantém-se no local, mas é já visível a degradação causada pelo tempo. É esta situação que o presidente da Junta de Freguesia do Parque das Nações quer inverter. Ao DN, José Moreno confirma a notícia avançada pela publicação online O Corvo de que a autarquia tem recebido contactos de diversas entidades que gostariam de dinamizar a torre da Galp.

Em causa, adianta o autarca, estão jovens empresários e editoras que gostariam, respetivamente, de instalar espaços de design e quiosques de venda de livros. “A própria junta de freguesia tem projetos que poderia ali desenvolver”, acrescenta.

Primeiro, o município

O problema, ressalva José Moreno, é que apesar da gestão urbana do Parque das Nações ter sido transferida, em dezembro de 2012, da Parque Expo para a CML a estrutura continua na posse da sociedade responsável pela conceção, organização e execução dos conteúdos e de todo o espaço, infraestruturas e equipamentos da Expo 98, criada especificamente para esse fim. A pretensão do autarca é que também a torre da Galp passe para alçada do município e que este delegue a sua gestão na junta de freguesia a que preside. O DN tentou, sem sucesso, contactar a Parque Expo para mais esclarecimentos.

“O que não faz sentido é continuar ali assim”, diz José Moreno, que acredita que a instalação de atividades culturais ou de outro género naquela estrutura seria uma forma de dinamizar a zona sul do Parque das Nações, a única freguesia criada de raiz no âmbito da reforma administrativa de Lisboa de 2012 que, além do redesenho do mapa da cidade, atribuiu mais competências e recursos às juntas de freguesia em detrimento do município.

Fonte: Diário de Notícias

 

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